^[1]Quem participou das Oficinas de Oração e Vida sabe o benefício que elas nos trazem.
Diria que é uma Faculdade, onde além de aprendermos a rezar, aprendemos o sentido da vida.
Lá colocamos a alma em ordem.
A primeira vez que fiz, seus ensinamentos já me ajudaram muito na doença do meu marido.
Recebi mais tarde o convite de ser uma guia também.
Foi mais uma benção que recebi de Deus.
Porém não se forma uma guia de um dia para o outro.
Tivemos que freqüentar uma escola de quase dois anos.
Cada aula era um enriquecimento!
Cada aula era um encontro com a fonte divina!
Finalmente chegou o dia do envio.
Já estávamos aptas para darmos as oficinas.
Éramos enfim guias.
Dávamos duas oficinas por ano e terminávamos com um deserto que era o momento de nos retiramos para silêncio e reflexão.
Geralmente era escolhido um sitio ou fazenda para entrarmos em contato com o Criador.
Para finalizar vinham os testemunhos dos participantes.
Palavras brotavam da alma enquanto muitas lágrimas de gratidão caiam pelas faces.
Quem lucra mais: aquele que evangeliza ou o que é evangelizado?
Sempre achei que eu era a mais privilegiada quando dava essas oficinas.
Porém a doença me pegou bem no terceiro ano desse serviço para Deus.
Depois da minha piora, cheguei à conclusão que devia parar.
Foi muito triste para mim.
Mas, fazer o quê?
Aprendi lá mesmo que a aceitação é um dos caminhos que nos leva a Deus.
Aprendi com Frei Ignácio Larrañaga que bem lá na frente vou saber o que O Pai na sua sabedoria vai me dizer para que foi essa minha doença.
Passeios, festas, teatros, caminhadas, academia, são coisas que deixei de fazer, porém não me fizeram tanta falta como as incumbências da evangelização.
Agora tento evangelizar escrevendo.
Nem sei se atinjo assim meu objetivo, porém é o que posso fazer neste momento.
Permita Deus que ainda continue tentando e que a doença não progrida para impedir-me.
Amém.