Simplesmente uma gotinha

Era um respingo. Apenas um pinguinho só.
Humilde, sozinho, parecia insignificante, tão insignificante.
Estava numa folha e olhava o regato, que corria, corria e cantava.
Sentiu-se acabado longe dos seus.
Começou a sair de seu mundinho encantado e passou a olhar em seu redor.
Pela primeira vez começou a reparar nas coisas que o cercavam
Como era bonito o céu azul. O sol brilhante, os campos verdinhos, as árvores frondosas, as flores perfumadas.
Os passarinhos que saltitavam alegremente e a cigarra que chiava…chiava
E como não pode ter visto tanta beleza!
Somente um Deus criador com tanto poder para ter feito tudo isso de lindo.
E a gotinha ficou triste, pois ela nunca se incomodou em parar sempre preocupada em correr pelo riacho afora. E agora, naquela folhinha, iria secar e morrer.
Ah! Se aquele Deus criador , lhe permitisse mais um tempo de vida, por certo iria curtir mais as coisas bonitas
Que pena, ter corrido tanto …
Mas Deus na sua bondade soprou de mansinho e a folha caiu de seu galho e levou outra vez a gotinha ao regato.
E a folhinha juntou-se outra vez ás sua irmãzinhas e com a sua insignificância engrossou aquele regato tão lindo.
E agora, diferente, bem diferente, conseguiu se harmonizar. Sabia que tinha valor e que o riacho iria encontrar um rio que encontraria outras e mais outras águas até lançar-se na imensidão do mar
Também nós, como as gotinhas d’ água temos uma tarefa a cumprir. Somos parte de um imenso oceano de homens.
E Deus deu a cada um de nós a oportunidade de crescer.

Este artigo foi publicado na sábado, 22/11/2008 às 16:54 na categoria Meus escritos.

Enviar para amigo:





Enviar para amigo:

Faça seu comentário