Onde andam meus brinquedos?

Que gostoso lembrar
dos meus brinquedos da infância!
Como era bom soltar o pião
feito de brejáuva.
Enrolava nele um barbante
soltava-o na calçada e ele girava, girava


Como gira minha memória agora
que vai buscar a velha corda que a criançada pulava no meio da rua
E a bola de pano
pra jogar queimada
sob os olhares das mães que ficavam sentadas nas calçadas?
Todos os brinquedos que pouco
ou nada custavam
Bastava um lenço amarrado nos olhos e a cabra cega saia apalpando
Bastava um punhado de bolinhas de vidro
E o jogo estava armado.
Na terra batida faziam-se buracos onde a búrica se encaixava

Lembro também que jogávamos peteca
Que ia e vinha no ar
A gente só parava quando cansava.
Por anda você brincadeira de roda?
Ninguém mais bate o pé?
O cravo não briga mais com a rosa
Debaixo de uma sacada?
A gente pulava amarelinha em casas alternadas até se chegar ao “céu”
Céu da minha querida infância
Feita de inocência
Parece até que o menino Deus brincava com a gente!
E quando não aparecia mandava seus anjos pra nos guardar
e nos purificar das intoxicações da vida.
Ah! Por onde andam vocês brincadeiras que me preenchiam os espaços da minha alminha feliz?
Acho que fugiram como o gato da dona Chica cá cá.

Quem está na berlinda ?
Acho que sou eu mesma.
Que dizem de mim?
Sei lá .Sei lá .
Saudosista; sonhadora…
Mas foi bom andar pelos caminhos que há muito tempo não pisava
Foi bom! Sim, foi bom!

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Este artigo foi publicado na sábado, 17/07/2010 às 9:43 na categoria Meus Poemas.

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